quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de Abril, o essencial que temos de fazer

Viva o 25 de Abril e a Democracia que nos garantiram soberania do povo e liberdade!

Mas tudo o resto, desenvolvimento, justiça social, defesa do interesse público etc... depende do que os cidadãos fazem com essa soberania e liberdade. O que temos feito tem sido pouco e longe do essencial. 

Vamos lá mudar isto? Em 5m o que é essencial fazermos para mudar a nossa Democracia, numa apresentação Ignite que poderia ter sido num 25 de Abril. 


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Artigo no Público de 12 de Abril 2012: Estatutos do PS e PSD: o debate mais importante sobre a qualificação da nossa Democracia

O mais grave problema da nossa democracia está no facto dos dois principais partidos do país, PS e PSD, não assegurarem que as suas eleições internas sejam verdadeiras, nem representem a vontade dos seus eleitores e militantes.

Quando numa eleição interna destes partidos há mais de um candidato, com muita frequência as candidaturas recorrem aos “sindicatos de votos” (militantes que votam em quem lhes mandam votar), pagamento massivo de quotas e outros abusos para ganharem as eleições. São esquemas que requerem elevadas somas de dinheiro, que como sabemos, aparecem em troca de favores. É uma realidade publicamente reconhecida por muitos candidatos e militantes, “legalizada” por estatutos permissivos e tolerada pelas direcções partidárias. Uma grande parte dos militantes inscritos no PS e PSD, não são mais que falsos militantes inscritos a mando de candidatos e dirigentes com pouco escrúpulos, que nas eleições internas votam massivamente no candidato que lhes é indicado.

Isto quer dizer que as diferentes eleições partidárias onde se elegem os dirigentes locais, concelhios e distritais, os congressistas ou o líder do partido (e candidato a Primeiro-Ministro), ou futuramente candidatos a deputados e câmaras municipais (com a implementação de primárias) foram e vão continuar a ser demasiadas vezes dominadas por práticas que falseiam os resultados e tornam a política partidária refém do dinheiro, da batota eleitoral e da mediocridade. As consequências são terríveis para qualidade dos partidos: afastam da política os cidadãos e militantes sérios e íntegros, incapacitando os partidos de se renovarem e de eleger os melhores para os diferentes cargos dirigentes e representativos.

Na nossa democracia os partidos são a base do sistema, e os seus Estatutos, as verdadeiras “Constituições” que definem como os cidadãos participam e escolhem os seus dirigentes´, candidatos e representantes políticos. Se estes não funcionam bem, se são incapazes de impor a verdade democrática nas suas eleições internas, então o que prevalecerá na base do sistema é a falta de representatividade, a mediocridade e o clientelismo, que dominarão todo o nosso sistema político

É fundamental que toda a sociedade civil, filiados e não filiados nos partidos, exijam das direcções partidárias medidas sérias que conduzam à eliminação de uma vez por todas destes esquemas fraudulentos e anti-democráticos, que destroem a base do nosso sistema democrático, e que põem em causa o futuro da nossa democracia e do nosso país.

É por isso que o debate dos Estatutos Partidários, não é apenas um debate interno do partido A ou B, ou uma mera questão burocrática destes partidos. É provavelmente o debate mais importante sobre a qualificação da nossa Democracia. 

João Nogueira dos Santos
Carlos Macedo E Cunha

Fundadores do movimento “Adere, vota e intervém dentro de um partido. Cidadania para a mudança” e militantes do PS e PSD respectivamente

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Eleições primárias abertas a simpatizantes mais perto

Há muita gente nos nossos principais partidos a defenderem mudanças profundas no seu funcionamento.

Não foi notícia nos jornais, mas na ultima Comissão Nacional do PS que aprovou as primárias para escolha dos candidatos a Deputados e Câmaras Municipais, um grupo significativo de participantes dessa reunião, lutou por eleições primárias ABERTAS A SIMPATIZANTES (como aconteceu no PS Francês em que mais de 3 milhões de franceses votaram nas primárias para escolha do candidato à presidência pelo PS Frances).

Apresentaram a proposta na CN de revisão estatutária tendo  22 votos (cerca de 25% ). Foram  vencidos mas não convencidos: "Mais ano, menos ano, as Primárias abertas a simpatizantes serão adoptadas pelo PS português, à semelhança do que já fizeram os outros por essa Europa.".

A luta por uma melhor Democracia faz-se dentro dos partidos. Para a mudança acontecer definitivamente, é preciso que os cidadãos filiem-se e ajudem os partidos a  mudar, apoiando com o seu voto nas eleições internas e intervenção, quem lá dentro defende a mudança.